segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Drácula de Stoker tem todos os elementos que conhecemos nos últimos 100 anos

     Filmes de vampiro sempre me deram muito medo. Na verdade, qualquer filme de terror sempre me deixava muito impressionado durante e depois da sessão. Não sei se é uma coisa própria da juventude, aquela coisa de ser muito influenciável, mas, fato é que ficava muito assustado. E, mesmo assim, como todo medroso, continuava indo aos cinemas para ver fenômenos do além e quase me borrar nas calças.

    Ler Drácula de Bram Stoker, claro, me fez pensar em todo este processo que tive que passar e a superação do medo que só chegaria com a maturidade. A obra do escritor Irlandês é uma maravilha. Um resumo de tudo o que lemos e assistimos ao logo dos últimos 100 anos envolvendo aquela figura sinistra e elegante. Todos os conceitos criados em torno do tema estão ali na obra de Stocker.

Meu exemplar

    Uma curiosidade sobre a história é que, em 1922, o diretor alemão Friedrich Wilhelm Murnau, lançou o filme Nosferatu. A obra foi baseada no livro de Stoker, no entanto, os produtores do filme tiveram que fazer algumas alterações no enredo e em nomes de personagens. Ocorre que, a viúva do escritor era a proprietária intelectual da obra e negou vender os direitos autorais da história. Por isso, foi necessário mudar o nome do filme e até o nome do vampiro que foi rebatizado para Conde Orlock, um corcunda, careca, com orelhas pontudas, unhas grandes e dentes assustadores. Igual a imagem que aparece na capa de meu exemplar.

    Como eu disse está tudo lá na obra original. Até mesmo a referência a Nosferatu aparece no texto de Stoker para lembrar que se trata de um sinônimo para vampiro em língua húngaro-românica.

    Estão lá a ideia do uso de alho para espantar, a estaca no coração e decepagem da cabeça para aniquilar a fera.

    Bram Stoker também criou outro personagem no livro que virou filme mais recentemente. Trata-se de um especialista em vampiros, chamado Abraham Van Helsing que, no livro, é solicitado por um amigo para ajudar na caçada ao conde. O personagem, não por acaso, carrega o mesmo nome do autor, uma vez que Bram é uma redução do nome original Abraham.

    Ao ler o livro, fique atento à narrativa. O autor foi muito criativo ao colocar as falas dos personagens a partir dos diários de cada um deles e de cartas trocadas entre amantes e amigos.

    Enfim, Drácula, publicado em 1897, ainda é uma grande referência literária. Ao lê-lo não se assuste ou, melhor, não se decepcione ao perceber que o Drácula mesmo aparece pouco durante a história. No entanto, o medo está sempre presente em todas as páginas enquanto aquele grupo parte para a grande caçada. E eu me assustei só um pouquinho.

Drácula de Stoker tem todos os elementos que conhecemos nos últimos 100 anos

      Filmes de vampiro sempre me deram muito medo. Na verdade, qualquer filme de terror sempre me deixava muito impressionado durante e dep...